Com licença poética
Quando nasci um anjo esbelto,
desses que tocam trombeta, anunciou:
vai carregar bandeira.
Cargo muito pesado pra mulher,
esta espécie ainda envergonhada.
Aceito os subterfúgios que me cabem,
sem precisar mentir.
Não sou tão feia que não possa casar,
acho o Rio de Janeiro uma beleza e
ora sim, ora não, creio em parto sem dor.
Mas o que sinto escrevo. Cumpro a sina.
Inauguro linhagens, fundo reinos
-- dor não é amargura.
Minha tristeza não tem pedigree,
já a minha vontade de alegria,
sua raiz vai ao meu mil avô.
Vai ser coxo na vida é maldição pra homem.
Mulher é desdobrável. Eu sou.
Adélia Prado
Procurando a imagem que me tocasse ,achei Frida Kahlo como as bonecas russas.Perfeito!
Frida se desdobrou e tanto ! Para mim representa o ser mulher e ser desdobrável:força e mistério!
Adorei! Os desenhos o poema da Adelia Prado já conhecia. É sempre bom ler de novo, ainda mais acompanhado destes desenhos.LINDO
ResponderExcluirAdorei seu blog querida!!!Muito lindo os poemas e dizeres...vou seguir!!!Vá me visitar quando puder...criscriacoisas.blogspot.com, e lá verá que tenho mais 3 blogs.Aguardo vc!
ResponderExcluirum beijo grande
Olá,
ResponderExcluirAmo Adélia Parado e amo poesias, crônicas, contos. Enfim, amo boa leitura. Seguirei seu blog.
PArabéns pela bela ideia de um blog assim.
Beijinhos, com carinho
Jô(Joana)
Que feliz idéia juntar essas duas mulheres tão fortes!
ResponderExcluirComo sempre uma delícia de ler...
Abraço