Há 20 anos,com 25 quilos a mais e vida sedentária fiz um teste ergométrico a pedido do meu médico
.Não fiquei nem cinco minutos e pedi help!Não me lembro de mais nada,apenas que não con-
seguira.Recentemente meu cardiologista,a quem muito respeito,me pediu pela terceira vez e não pude
negar.Faço hidroginástica há dez anos e caminhadas leves ,de meia hora,toda manhã.Durante uma
semana ,a conselho médico,passei minha dose diária de lexotan 0;75 para 1,5,pois tenho histórico
de ansiedade: dentista,médico,notícias ruins-tudo isso faz minha pressão disparar.Chamei minha irmã
para me acompanhar,fiz minha sessão semanal de acupuntura( pressão
aferida: 12 por 7),tomei minha
medicação da tarde,acrescida do lexotan a mais ....E lá fomos nós,debaixo de chuva,colocando os
assuntos em dia.Às 14,30 h uma mocinha simpática veio me buscar e eu lhe disse que me sentia tonta.
Cumprimentei o médico ( uns 30 anos talvez),subi na esteira e fui contando minha história.Nem che-
guie na metade dela e já levei bronca: lexotan? Sou contra essa medicação que provoca Alzeimer!
AH! Lembro-me de ter retrucado que eu o tomava com aval do meu cardiologista.Depois minha
pressão foi aferida: 18 por 10.E fui simplesmente dispensada:não dá pra fazer o exame( isso eu já
sabia).Conformadas voltamos pra casa: dois quarteirões de subida,descansei um pouco e aferi mi-
nha pressão: 14 por 9.Alívio.De tardinha liguei pro meu médico,lhe contei o ocorrido e ficamos de
conversar quando eu lhe levasse os resultados dos exames de sangue,todos normais,graças a Deus.
Hoje,durante minha hidroginástica,contei para minha professora.E ela me contou sua experiência de
meses atrás: aos 36 anos teve uma ameaça de derrame.Passado o susto foi fazer os exames pedi-
dos,inclusive o ergométrico.Foi atendida por uma médica,que gentilmente a deitou na maca,aferiu
sua pressão e conversou com ela sobre os motivos que a levara ali.Depois a colocou na esteira,sem-
pre perguntando como estava se sentindo.Com quase 24 horas de atraso minha indignação veio
à tona: eu estava me sentindo culpada por não ter conseguido
dominar minha ansiedade,mesmo
medicada.Nem por um instante questionei a atitude do médico que me dispensou com tanta frieza,
apesar do consultório vazio.Não afirmo que o resultado poderia ter sido positivo com a outra
médica.Questiono,agora que estou mais calma,o envolvimento humano,tão propagado ultimamente,
tão necessário na
relação médico-paciente.Não creio que vou me submeter a todo esse estresse
de novo mas....se alguém quiser o nome dessa médica ,o darei com alegria.Encontrei durante minha
vida médicos dedicados.Humanizados.E não vou desistir de acreditar: agradeço a essa médica por
minha esperança ressuscitada.
Maria Neusa em fevereiro de 2013
Que bom que encontraste uma pessoas assim.A coisa anda braba! beijos,fica bem,chica
ResponderExcluirOI Maria!
ResponderExcluirPasso por aqui depois de um tempinho e gostei de seu desabafo quanto a nossa saúde e atendimento médico.
Serve de reflexão e tomada de posição frente a estes desafios quando nos deparamos com elas em nossos cotidianos,
Que Deus a abençoe com muita saúde e realizações.
Admiro seu blog,sua pessoa.
Conte comigo sempre.Um abraço!
www.rosangelaprendizagem.blogspot.com
www.rosangelavalipsicopedagogia.blogspot.com