sábado, 30 de junho de 2012
Carta a mim mesma:
Lavras,junho de 2004
Minha querida
Tudo que você vive é seu para sempre.
Dos insucessos,dos desacertos,dos desencontros,guarde sempre a vontade
de não repeti-los.
Evite a auto-piedade.Evite de se fazer de vítima.Aceite os maus momentos
como o contraponto inevitável.
Nos pequenos prazeres cotidianos,a força para continuar vivendo:
- a janela aberta e o sol lá fora
- o ventos nas flores do ipê,que cobrem a rua com seu tapete roxo
-o sorriso do aluno: bom dia,fessora
- o cd novo no som do carro
-a água quentinha da piscina da hidro
- uma comida diferente,em restaurantes diferentes
- amigos na net
- filhos ao telefone
-filhos,visitas inesperadas
- cartas e mais cartas,que adoro escrever
-encontro com as amigas: oficinas,filmes,livros,tudo compartilhado
- viagens sonhadas: Florença e Praga.E a crença que serão realizadas.
Nunca se feche para o novo.
Viva e deixe viver!
E não seja muito severa com você mesma.
Beijos afetuosos da Maria Neusa
quinta-feira, 21 de junho de 2012
Listas
sexta-feira, 1 de junho de 2012
Ganhos
Compartilho com vocês:
Flho: não fique aborrecido por ter perdido 10 minutos lendo e refletindo sobre esse texto que lhe enviei: o que vc escreveu me fez refletir ,me fez tentar afastar o preconceito que tenho dela,fez meu coração ficar menos duro,me fez concordar com vc e me fez admirar o ser humano íntegro e sensível que vc é.
Olha quanto ganho pra mim heim? Beijos admiradores e gratos da maria neusa,mãe
Xuxa é uma personagem (dela mesma). O sexo está presente em sua carreira desde sempre (seu primeiro filme, Playboy, seus programas de TV, seus filmes "infantis"). Vive da mídia de entretenimento, que não tem a espontaneidade como uma de suas características. Quase tudo costuma ser planejado, calculado. O abuso sexual de crianças, meninos, meninas, mulheres, homens, idosos... é abominável. "Até" da Xuxa. Fico triste por ela. Mas me incomoda a possibilidade da revelação do abuso ser uma defesa do tipo "eu não tenho culpa de ser assim, eu sou uma vítima" etc e tal. Não acho que a Xuxa se veja como pinta a psicóloga do e-mail, não acho que ela finja (ou tenha fingido) ser algo que ela não é. Concordo que seu programa erotizou precocemente sua audiência (que era grande, mas não era de absolutamente TODAS as crianças), que o consumismo e vários outros -ismos dão a tônica de sua carreira, mas ela não foi a única responsável por esse processo. Se sua revelação foi uma jogada de marketing ou não, não estou nem aí (não tenho Globo em casa, não vi a entrevista do Fantástico e já estou aborrecido comigo por perder 10 minutos do meu tempo falando disso). Mas questionar ou diminuir a dor de quem sofreu esse tipo de violência não me parece adequado. Só não vou chorar por ela.
Luís Gustavo Guadalupe Silveira
-Maria Neusa em junho de 2012
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