domingo, 27 de maio de 2012

Interrogação

Interrogação " Metade de mim é ninho.A outra metade,passarinho." Minhas asas estão sangrando. Estou presa em pensamentos horripilantes. Por quê ? Maria Neusa em maio de 2012

terça-feira, 22 de maio de 2012

Incompletude

Dentro da água da piscina.O teto aberto para o sol já quente de agosto entrar. Toque de fogo.Carícia de gelo.Contraste que me atrai e fascina. Mergulho no frio que me invade por dentro.Sinto a alma se arrepiar e tenho saudades.Há milhares de anos um outro ser estava ligado ao meu e ria meu riso e chorava meu pranto.Queria dividir com ele a alegria do sol mas só consegui sentir sua ausência.E ela era fria e me fez chorar...Sou novamente uma menininha no vestido de veludo preto,cabelos longos e castanhos,olhos curiosos e passos de balé dentro da tarde. O sol conseguiu atravessar minha pele e tocou meu coração.A menina sorriu e eu,secando minhas lágrimas,tomei impulso e voltei à tona. Dentro da água da piscina. A vida é aqui fora.Na alma a dor da saudade e a certeza do reencontro.Um dia,a completude. -Maria Neusa,revirando arquivos em maio de 2012

sexta-feira, 18 de maio de 2012

Um presente simbólico!

Mini conto: Presente simbólico! Presente simbólico! Madrugada fria de maio. Ela resolveu ler emails já que não conseguia dormir. Seu nível de glicose escapara de seu controle. Sua pressão descontrolou-se e seu corpo todo doía. Um preço justo para dois meses comendo como uma pessoa normal,sem diabetes. Amanhã penso sobre isso ,resolveu.Um email chamou sua atenção: um presente simbólico de dias das mães.Meio tonta ,Ela custou a entender: o filho mais velho gravara três músicas,tocando violão e cantando e as enviara por um anexo:"para matar um pouco as saudades da antiga cantoria."Emocionada,ouviu uma por uma.E chorou!Presente símbolo: como construir cotidianamente uma relação mãe e filho de uma maneira sincera,livre e incondicional,aceitando e respeitando as diferenças de cada um.Ela se sentiu abraçada.Agora consigo dormir. E dormiu! Maria Neusa em maio de 2012

quinta-feira, 17 de maio de 2012

Meu bisavô reencontrado

Meu bisavô reencontrado Nome: Joaquim Augusto Pinto Paiva Guadalupe, Dentista Data Nascimento: séc. XIX Sexo: Masculino Informações: Natural de Travanca de Oliveira do Hospital, distrito de Coimbra, Província do Douro, Portugal. Teria migrado para o Brasil por volta de 1850. Era farmacêutico, mas, ao chegar ao Brasil, submeteu-se, no Rio de Janeiro, aos exames necessários para exercer a profissão de dentista. Foi o primeiro a adotar o sobrenome Guadalupe. Casou-se, por volta de 1880, em Lage, município de Tiradentes (MG), com Belarmina Coelho, de quem teve os filhos abaixo. O casal residiu em São João del Rei, no sobrado conhecido como Solar dos Guadalupe, à rua Padre José Maria Xavier 118 (imóvel adquirido posteriormente pela Ordem da Imaculada Conceição, onde hoje se encontra o Mosteiro de São José). Em 4 de fevereiro de 1905, foi nomeado, pelo Ministro da Justiça e Negócios Interiores, terceiro suplente do substituto do Juiz Federal da comarca de São João del Rei. Faleceu em 4 de maio de 1907, em São João del Rei, onde foi feito seu inventário, sendo inventariante a sua esposa. Os bens do casal são assim descritos: a) "um prédio sobrado, à rua Padre José Maria no. 10"; b) "uma mobília de sala de visitas, inclusive um piano"; c) "uma mobília de sala de entrada, constando de 6 cadeiras, um sofá e 3 mesas"; d) "uma mobília de sala de jantar, constando de uma mesa, 7 cadeiras, um guarda-louças, um guarda-comida e uma étagére"; e) "um gabinete dentário"; f) o mobiliário de três dormitórios, incluindo camas, cômodas, lavatórios e bidets; g) apólices da dívida pública. (cf. Arquivo Histórico de de São João del Rei, caixa 649; informações colhidas por Ciro dos Santos com José Antônio e Luiz Bernardes Guadalupe; Diário Official, anno LXIV, n. 30, 4/2/1905, p. 2) Filiação: Pai: José Joaquim Pinto Mãe: Maria Julia Pinto Filhos: Filhos: Maria Augusta Guadalupe Alice Guadalupe Guedes Eugênia Guadalupe Artigas Armando Augusto Guadalupe Leontina Augusta Guadalupe Luiz Augusto Guadalupe Ercília Guadalupe de Medeiros Elzy Guadalupe Ferreira Edith Augusta Guadalupe José Augusto Guadalupe Avós: Avós Paternos: Avós Paternos não cadastrados Avós Maternos:não cadastrados Há 8 anos meu pai me contou sobre a origem do nosso sobrenome Guadalupe.No orkut existe uma comunidade Guadalupe e postei a história que ele me contara lá.Uma prima distante,moradora de uma cidade do interior de São Paulo, me escreveu.E até hoje me envia documentos encontrados sobre nossa árvore genealógica.Recebi esse há dois dias.Sempre me emociono.Sinto que posso tocá-lo,bisavô.Sinto você vivendo dentro de mim.E lhe sou grata. Maria Neusa em maio de 2012

terça-feira, 15 de maio de 2012

ORAÇÃO

"Que seu coração voe contente nas asas da espiritualidade consciente, para que você perceba a ternura invisível tocando o centro do seu ser externo. Que seus pensamentos,seus amores,seu viver a sua passagem pela vida sejam sempre abençoados por aquele amor que ama sem nome. Que esse amor seja o seu rumo secreto,viajando eternamente dentro do seu ser. Que esse amor transforme os seus dramas em luz,sua tristeza em celebração e seus passos cansados em alegres passos de dança renovadora. Que seu viver seja pleno de Paz,Luz e Amor."

sábado, 12 de maio de 2012

Ganhei esse presente!

NUNCA É TARDE Mirian Goldenberg Mulheres mais velhas aprendem que a verdadeira realização é poder investir nos próprios desejos No Brasil, o corpo é um capital. A crença de que o corpo jovem, magro e perfeito é uma riqueza produz uma cultura de enorme investimento na forma física e, também, de profunda insatisfação com a própria aparência. Quase 100% das brasileiras se sentem infelizes com o próprio corpo. Ter uma família também é importantíssimo. Casar e ter filhos é um desejo ainda muito presente em todas as gerações e classes sociais. Muitas brasileiras, no entanto, se sentem frustradas por não serem reconhecidas ou valorizadas por maridos e filhos. Uma professora de 41 anos disse: "Passei a vida inteira cuidando da casa, do marido e dos filhos. Meu marido me traiu com uma garota de 22 anos. Meus filhos nem respondem aos meus telefonemas. Deles, só recebo patadas. Minha única alegria são meus gatos e cachorros". Ao pesquisar mulheres mais velhas, descobri outra realidade. Muito mais importante do que a aparência e o marido é a liberdade que adquiriram com a maturidade. Uma médica de 63 anos disse: "Descobri que a verdadeira realização não está no corpo perfeito, na família perfeita, no trabalho perfeito, na vida perfeita, mas na possibilidade de exercer meus desejos, explorando caminhos novos e tendo a coragem de ser diferente. Descobri que não devo me comparar a outras mulheres, pois posso ser única e especial". Mais velhas, elas passam a exibir seus corpos sem medo do olhar dos outros, sem vergonha das imperfeições e sem procurar a aprovação masculina. Aprendem que a felicidade pode estar em coisas simples, como dar risadas com as amigas, ter uma alimentação saudável, caminhar na praia. Passam a investir nos próprios prazeres, como fazer pilates, estudar, viajar etc. Elas passam a cuidar de si mesmas com o mesmo carinho que dedicaram aos filhos, marido, familiares. Não se sacrificam mais e não se esforçam tanto para provar o próprio valor. O centro do cuidado deixa de ser para o outro e passa a ser para si. Uma professora aposentada de 75 anos disse: "Não tenho marido e sou feliz. Invisto meu tempo, energia e dinheiro em mim. Não me preocupo mais com a opinião dos outros. Não tenho mais medo de dizer o que penso e quero. Tudo ficou muito melhor com a idade. Fiquei mais segura, confiante e autêntica. Pena que descobri a liberdade de ser eu mesma tão tarde. Espero que minhas netas descubram o valor da liberdade muito mais cedo". -Uma amiga me enviou esse texto hoje.Um presente,pensei.Aos 62 anos,divorciada e com meus dois filhos longeeeee,me preparo para passar o"domingo das mães" sozinha: vou fazer um almoço gostoso e experimentar uma sobremesa diet.Separei um bom filme.Talvez caminhe na manhã fria de quase-inverno.Sou livre e sou grata por isso.

sexta-feira, 11 de maio de 2012

Amor é isso...

"Há três coisas para as quais eu nasci e para as quais eu dou minha vida. Nasci para amar os outros, nasci para escrever, e nasci para criar meus filhos. O ‘amar os outros’ é tão vasto que inclui até perdão para mim mesma, com o que sobra. As três coisas são tão importantes que minha vida é curta para tanto. Tenho que me apressar, o tempo urge. Não posso perder um minuto do tempo que faz minha vida. Amar os outros é a única salvação individual que conheço: ninguém estará perdido se der amor e às vezes receber amor em troca [...].” ~ Clarice Lispector -Li,copiei e compartilho.Para todas as mães,e pais e filhos e netos e tios e tias....

quarta-feira, 9 de maio de 2012

“Se apenas soubesses o significado do Seu Amor, a esperança e o desespero seriam impossíveis. Pois a esperança seria para sempre satisfeita e qualquer tipo de desespero impensável. A Sua graça é a Sua resposta a todo desespero, pois nela está a lembrança do Seu Amor.” (UCEM-LE-pI.168.2:1-3) Citações inspiradoras de Um Curso em Milagres. Inspiring quotations from A Course in Miracles.

sábado, 5 de maio de 2012

Prosa poética "Mesmo quando o outro vai embora, a gente não vai. A gente fica e faz um jardim, qualquer coisa para ocupar o tempo, um banco de almofadas coloridas, e pede aos passarinhos não sujarem ali porque aquele é o banco do nosso amor, do nosso grande amigo. Para que ele saiba que, em qualquer tempo, em qualquer lugar, daqui a não sei quantos anos, ele pode simplesmente voltar, sem mais explicações, para olhar o céu de mãos dadas." -Rita Apoena- Há anos conheci essa poeta através de um aluno e maravilhei-me. Sempre que me enviam textos ,para mim, inéditos,quero compartilhar. Como agora. Maria Neusa em maio de 2012

quinta-feira, 3 de maio de 2012

O medo da morte é muito útil....

Perguntaram a Osho: O medo da morte muitas vezes irrompe, intenso e forte, e o medo de ter de deixar toda essa beleza, essa amizade e amor. Como é possível relaxar com essa certeza da morte? Primeiro, só é possível relaxar quando a morte é uma certeza. Relaxar fica difícil quando as coisas são incertas. Se você souber que vai morrer hoje, todo o medo da morte vai desaparecer. Para que perder tempo? Você tem o dia de hoje para viver: viva tão intensamente quanto possível, viva da forma mais plena possível. A morte pode não chegar. A morte não pode chegar para as pessoas que vivem com muita intensidade e plenitude. E, mesmo que ela chegue, essas pessoas que viveram intensamente vão lhe dar as boas-vindas, pois ela é um grande alívio. Elas estão cansadas de viver, elas viveram com tal plenitude e intensidade que a morte chega como uma amiga. Assim como depois de um dia inteiro de trabalho duro, a noite vem como um grande relaxamento, como um sono belo, o mesmo acontece com a morte depois da vida. A morte não tem nada de feio nela; você nunca encontrará nada mais cristalino do que a morte. Se o medo da morte surgir, isso significa que ainda existem algumas brechas que ainda não foram preenchidas com o viver. Portanto, esses medos da morte são muito úteis e esclarecedores. Eles lhe mostram que a sua dança tem de ser um pouco mais rápida, que você tem de viver com mais intensidade. Dance tão rápido que o dançarino desapareça e só reste a dança. Assim nenhum medo da morte pode visitá-lo. "E o medo de ter de deixar toda essa beleza, essa amizade e amor." Se você vive totalmente no aqui e agora, que interessa o amanhã? O amanhã tomará conta de si mesmo. Jesus está certo quando pede a Deus, "Senhor, dai-nos hoje o pão nosso de cada dia". Ele não está pedindo para amanhã, só o de hoje já é suficiente. Você tem de aprender que cada momento tem uma completude. O medo de ter de deixar isso tudo só irrompe porque você não está vivendo plenamente no presente; do contrário não haveria tempo, não haveria mente e não haveria espaço. Um dia perguntaram a um mercador quantos anos ele tinha. Ele disse, "Trezentos e sessenta anos". Sem poder acreditar, o homem disse, "Repita, por favor. Acho que não escutei direito". O mercador gritou, "Trezentos e sessenta anos!" O homem disse, "Perdoe-me, mas não posso acreditar. Você não parece ter mais de sessenta!" O mercador respondeu, "Você não deixa de estar certo. No que diz respeito ao calendário, eu tenho sessenta anos. Mas, no que diz respeito à minha vida, eu tenho seis vezes mais do que qualquer pessoa. Em sessenta anos eu vivi trezentos e sessenta anos". Depende da intensidade. Existem duas maneiras de se viver. Uma é à maneira do búfalo — ele vive horizontalmente, numa única linha. A outra é à maneira do Buda. Ele vive verticalmente, em altitude e profundidade. Assim cada momento pode se tornar uma eternidade. Não perca tempo com o trivial; viva, cante, dance, ame de modo tão pleno e transbordante quanto você for capaz. Nenhum medo interferirá e você não ficará preocupado com o que acontecerá amanhã. O hoje basta por si mesmo. Vivido, ele é tão pleno! Ele não deixa espaço para que se pense em mais nada. Osho, em "O Livro do Viver e do Morrer: Celebre a Vida e Também a Morte"