sábado, 5 de fevereiro de 2011

Atemporal

"Fé cega,faca amolada"



A banda uberlandense Giralua canta Nascimento.
O teatro fica no centro da cidade: moderno e aconchegante.
Chegamos às vinte horas em ponto.Yuri,meu netinho de 2 anos e 4 meses,ia estreiar na noite,assistindo ao show em que seu pai,Luís Gustavo,é o cantor.Subiu e desceu dezenas de vezes a rampa,sob os cuidados da avó Júlia. Quando ouvimos o segundo sinal,a mãe o chamou e ele se sentou entre ela e a mãe do cantor,"Vó Maria Deusa."
Luzes fortes se acenderam no palco,a primeira música abriu caminho e fez as pessoas cantarem.As palmas explodiram e Yuri virava para trás e dizia: "tem mais uma".Na metade do show começou a cantar partes das músicas,afinal assistira  a todos os ensaios,que se realizavam na sala de sua casa.Uma hora com músicas de Milton Nascimento - décadas de 60 e 70 - e a platéia pedia mais.
Há cinco anos insistindo neste repertório tão rico,a banda,formada de jovens entre 25 a 28 anos,e dando voz,com criatividade e competência,ao grande compositor e interprete da MPB,agora recebia do público o reconhecimento que merecia.
Eu,quieta e emocionada,cantava junto;"vai ser,vai ser,vai ter que ser,vai ser faca amolada.No brilho da paixão e fé,faca amolada."
Trabalho,fé,faca amolada  rasgando o destino,insistindo em transformar  sonhos em realidade.


Maria Neusa,outubro de 2009
              

3 comentários:

  1. Boa lembrança, trazer esse texto para aqui...

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  2. deve mesmo ter sido um momento mágico... música é sempre uma celebração, seja cantada num palco ou ao pé do ouvido...

    parabéns !

    beijo carinhoso

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